quarta-feira, novembro 08, 2006

Medo, muito medo
Realmente, tou chegando à conclusão de que o ser humano foi uma experiência que não deu muito certo, até funciona, mas a probabilidade de dar errado é imensa.
Sápassado, tava eu no niver de uma amiga, numa festa anos 80 (é crianças, ainda existe isso e eu acabo indo quando me chamam), de repente, lá pelas 4 da matina, todo mundo empolgado na pista ao som de "Superfantáásticoooo, o Balão Máágicooo..." rolou um porradeiro bonito, de leve eu contei umas duas voadoras, pr'ocês terem idéia. Saiu todo mundo correndo da pista, estávamos eu, patroa, a aniversariante e 3 amigas, coloquei as meninas pra frente e fui protegendo a saída (até agora não sei se o vento na orelha foi o ar condicionado ou uma pernada que passou zunindo).
Passou o tumulto, brigões colocados pra fora, olhamos a hora e resolvemos ir embora, quando estou descendo ouço os seguranças comentando.
"É ele?"
"É sim, o mesmo, é o mesmo cara de semana passada"
"Pô, num pode mais deixar esse cara entrar, duas semanas seguidas que ele vem e arruma confusão"

Ontem, vindo trabalhar ouço uns caras conversando no ônibus:
"Tinha era de marcar esses FDP na testa, pra todo mundo saber que é ladrão!"
Some-se aí a velhinha que deu um tiro num assaltante e depois declarou que tinham de jogar mendigos em alto mar. Detalhe, ela ganhou uma medalha pelo tiro.
Quando eu lembro que até eu já quis matar (isso mesmo, com todas as letras) um cara que me assaltou, penso que é melhor voltar como jaqueira na próxima encarnação.

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