terça-feira, julho 12, 2005

Recebi isso por e-mail e não resisti a partilhar com vcs, tou rindo até agora

O CRIME DA MALA

Segundo Roberto Jefferson, o mensalão do PT era transportado em malas.
Primeira questão: você transportaria uma alta quantia de dinheiro em uma
mala enorme, com todo o ar de coisa suspeita?
Numa discreta valise de executivo, talvez. Uma destas valises mede 40cm de
largura por 35cm de comprimento, tendo em torno de 5cm de fundura. Uma nota
de 50 ou 100 reais tem 12cm X 6cm, logo, uma valise comportaria com
segurança quatorze maços de quinhentas notas o que equivale a sete mil
notas.
Ainda, segundo Roberto Jefferson, o mensalão era de trinta mil reais, o que
em notas de cem daria um paco de trezentas notas de cem.
Levando-se em conta que esse dinheiro não poderia ser depositado em conta
corrente, o jeito era levar pra casa e ir gastando.
Você já tentou trocar uma nota de cem?
Bem, trocar trezentas notas de cem não deve ser fácil , mesmo para um
deputado. Então vamos supor que o mensalão fosse pago em notas de cinqüenta.
Jefferson disse que a bancada do PP, que é composta de 53 deputados, e a do
PL, com 55, recebiam o mensalão de 30 mil reais. O que dá um total de 108
mensalistas, recebendo a quantia de três milhões, duzentos e quarenta mil
reais por mês, o que em notas de 50 equivale a 64.880 notas, que seriam
então transportadas em nove malas, já que cada mala carrega sete mil notas.
As malas iriam então com trezentos e cinqüenta mil reais, ou seja dez
deputados e 1/6 de um. Como não existe alguém 1/6 corrupto, vamos assumir
dez malas, para juntar numa mais vazia os pedaços de corruptos que sobram.
Ainda segundo Jefferson, o pagamento aos dirigentes de partidos era feito
numa sala ao lado da sala do Chefe da Casa Civil, em pleno Palácio de
Governo, por Delúbio Soares, que não ocupava cargo nenhum no mesmo Governo.
Delúbio levaria todo os meses dez malas para dentro do Palácio, para
entregar a dirigentes de partidos. Tudo isso discretamente, sem chamar a
atenção de ninguém.
Delúbio só tem duas mãos. Também não seria muito simples entrar no Palácio
com alguns carregadores ou com um daqueles carrinhos de aeroporto, logo, ele
poderia transportar - no máximo- duas malas, o que já seria muito suspeito.
Alguém anda por aí com uma mala de executivo em cada uma das mãos, sem que
ninguém repare?
Delúbio teria de entrar então, discretamente. Com uma mala de cada vez.
O que daria dez viagens num mesmo dia. Impossível passar desapercebido.
Então, vamos imaginar que os deputados aceitassem receber em dias
diferentes. Quão generoso deve ser o que ficou com a última remessa.
Mas, vamos em frente.
Seriam dez visitas ao Palácio por mês, sempre se encontrando com os
dirigentes do PL e do PP. Tudo isso, no maior sigilo.
A semana tem cinco dias úteis, o que obrigaria Delúbio a ir diariamente ao
Planalto por duas semanas consecutivas, todos os meses do ano, sem levantar
suspeitas. Mas, como se sabe que a semana de Brasília tem apenas três dias,
isso se estenderia por mais uma semana.
Três semanas no mês, o tesoureiro do PT, que não tinha cargo no Governo,
entrando com uma mala e encontrando-se com dirigentes de partidos da base
aliada, que também deviam portar malas. Claro! Se o cara entra na sala
delubiana sem mala e sai com uma , é um mico de proporções assustadoras.
Além do que, esta operação implicaria na compra de dez malas iguais por mês,
a um custo de aproximadamente mil reais cada uma. Um terço de mensalão, só
em mala.
E de onde viria tanto dinheiro?
Segundo Karina Sommagio das empresas de Marcos Valério, um corruptor tão
ingênuo que deixa seu Office-boy, que deve ganhar menos de quinhentas pratas
ao mês, sacar em dinheiro das contas da empresa um milhão de reais e vir
tranquilão, com três valises, ou uma grande mala pelas ruas de Belo
Horizonte, uma cidade sem nenhuma violência e com os Office-boys mais
honestos do mundo, pois, embora trabalhem para corruptores de deputados,
jamais pensaram em sacanear seus patrões e fugir com a grana direto pro
Aeroporto da Pampulha, morrendo de rir do babaca do patrão que não pode nem
dar queixa à polícia.
Senhores, essa história tem mais furos do que queijo suíço e só há uma
explicação para a imprensa não ter parado para fazer essa conta:
jornalistas não sabem matemática. Por isso, prestaram vestibular para
Comunicação Social.

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