da Série Nem só de vitórias se vive a vida
Não lembro se já contei essa aqui, mas... como quase ninguém lê essa bagaça, pelo menos peço desculpas a pouca gente.
Um tempo atrás eu fui a uma festa a fantasia. E quem me conhece minimamente sabe q a combinação Feio + Festa à Fantasia sempre resulta em algum tipo de bizarrice.
Poisé, aí que eu resolvo ir fantasiado de pai-de-santo. Calça branca, camisa branca, tênis (que-um-dia-já-foi) branco, uns colares comprados no Saara a dôrreal a mãozada, cabelo e barba pintados de branco, um monte de cartõezinho de Pai Xoxó (o alter-ego que escolhi) no bolso, uma peneirinha e um punhado de búzios a tiracolo e lá vou eu, saindo de casa sem nem uma gota de álcool ainda dentro do caboclim.
Salto no Centro de Niterói (a festa era no Rio) e cismo de comprar um charuto, que pai véio sem charuto num é nada... fico rodando aqueles botecos podrões até achar um que me vendesse um daqueles charutos beeeeem fedorentos. Compro dois e um isqueiro (detalhe, eu não fumo, mas... o que a gente num faz pelo personagem), meto um dos charutos no bolso, peço a primeira latinha de cerveja pra "iniciar os trabalhos" e vou lá, todo pimpão acender a primeira charruta. Tou lá todo ocupado tentando colocar fogo no charutão quando tenho a incômoda impressão de que estou sendo observado, e, mais que isso, fuzilado com olhares de reprovação. Ainda naquela pose meio encurvada, com uma latinha de cerveja e o isqueiro numa mão, o charuto na boca e a outra mão fazendo conchinha pra não ventar, vou me virando, me virando, me virando até notar que eu estava em frente a uma dessas igrejas evangélicas que se aproveitam de qualquer salinha comercial pra fazer de templo... justamente na hora que estava acabando um culto... ooooooooooooooooopss
Definitivamente, eu sou uma besta...
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