segunda-feira, julho 31, 2006

da Série Nem só de vitórias se vive a vida
Não lembro se já contei essa aqui, mas... como quase ninguém lê essa bagaça, pelo menos peço desculpas a pouca gente.
Um tempo atrás eu fui a uma festa a fantasia. E quem me conhece minimamente sabe q a combinação Feio + Festa à Fantasia sempre resulta em algum tipo de bizarrice.
Poisé, aí que eu resolvo ir fantasiado de pai-de-santo. Calça branca, camisa branca, tênis (que-um-dia-já-foi) branco, uns colares comprados no Saara a dôrreal a mãozada, cabelo e barba pintados de branco, um monte de cartõezinho de Pai Xoxó (o alter-ego que escolhi) no bolso, uma peneirinha e um punhado de búzios a tiracolo e lá vou eu, saindo de casa sem nem uma gota de álcool ainda dentro do caboclim.
Salto no Centro de Niterói (a festa era no Rio) e cismo de comprar um charuto, que pai véio sem charuto num é nada... fico rodando aqueles botecos podrões até achar um que me vendesse um daqueles charutos beeeeem fedorentos. Compro dois e um isqueiro (detalhe, eu não fumo, mas... o que a gente num faz pelo personagem), meto um dos charutos no bolso, peço a primeira latinha de cerveja pra "iniciar os trabalhos" e vou lá, todo pimpão acender a primeira charruta. Tou lá todo ocupado tentando colocar fogo no charutão quando tenho a incômoda impressão de que estou sendo observado, e, mais que isso, fuzilado com olhares de reprovação. Ainda naquela pose meio encurvada, com uma latinha de cerveja e o isqueiro numa mão, o charuto na boca e a outra mão fazendo conchinha pra não ventar, vou me virando, me virando, me virando até notar que eu estava em frente a uma dessas igrejas evangélicas que se aproveitam de qualquer salinha comercial pra fazer de templo... justamente na hora que estava acabando um culto... ooooooooooooooooopss
Definitivamente, eu sou uma besta...

Nenhum comentário: